Antissemitismo em ascensão: o silêncio perigoso das instituições globais
- ICEJ BRASIL
- 20 de ago.
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Nos últimos anos, o mundo tem assistido a um aumento alarmante de atos de antissemitismo. Se antes esse tipo de intolerância parecia restrito a episódios isolados, hoje ele se espalha pelas ruas, universidades, redes sociais e até em instâncias de poder político e diplomático. O que mais preocupa não é apenas o crescimento dos ataques, mas o silêncio das instituições globais diante desse cenário.
Segundo relatório da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA), 9 em cada 10 judeus europeus afirmam perceber um crescimento do antissemitismo em seus países, e 85% acreditam que esse ódio se tornou um problema sério. Só em 2023, foram registrados mais de 4 mil incidentes antissemitas na Europa, incluindo ataques físicos, pichações em sinagogas e agressões virtuais. Nos Estados Unidos, o FBI apontou que os judeus representam 56% das vítimas de crimes de ódio religioso, apesar de serem apenas 2% da população.
O problema, porém, não se limita a outros continentes. O Brasil também sente os reflexos. Comunidades judaicas relatam ameaças, vandalismo e discursos hostis em espaços públicos e digitais. A omissão de governos e organismos internacionais em se posicionarem de forma firme contra esses episódios abre espaço para que o antissemitismo se normalize e o silêncio, nesse caso, se torna cúmplice.
Quando as instituições deixam de agir, não apenas falham com os judeus, mas também comprometem a integridade moral e democrática das nações. Afinal, a história já mostrou que onde o antissemitismo cresce sem resistência, a liberdade de todos está em risco.
É urgente despertar. Não se trata de um problema “de Israel” ou “dos judeus”. É uma questão humanitária, civilizatória e espiritual. Reagir contra o antissemitismo é proteger a memória, a dignidade e a justiça que sustentam as bases de qualquer sociedade livre.













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